"Por Deus, tenham um blog!" Papa Bento XVI


Coragem, Levanta-te! Jesus te Chama!


sábado, 11 de maio de 2024

 Maria: Luz na Jornada Espiritual dos que Vivem em União Irregular.

Explorando a Devoção Mariana como Fonte de Esperança, Inspiração e Renovação para Aqueles em Situações Matrimoniais Complexas


Para compreender a relevância da devoção mariana para pessoas em união irregular, é necessário realizar uma análise cuidadosa das circunstâncias que envolvem essas situações e dos desafios que enfrentam. Uniões irregulares abrangem uma variedade de contextos, desde casais que coabitam sem o sacramento do matrimônio até aqueles que se encontram em situações de divórcio e recasamento sem a devida nulidade eclesiástica do casamento anterior. Cada uma dessas realidades apresenta desafios únicos, tanto do ponto de vista religioso quanto pessoal.

Primeiramente, é importante reconhecer que as uniões irregulares muitas vezes surgem de circunstâncias complexas e variadas. Pode haver uma variedade de razões pelas quais um casal opta por viver juntos sem o sacramento do matrimônio, incluindo questões econômicas, culturais ou mesmo questões de fé que levam à hesitação em relação ao compromisso matrimonial formal. Da mesma forma, o divórcio e o subsequente recasamento sem a devida anulação do casamento anterior podem ser motivados por uma série de fatores, incluindo diferenças irreconciliáveis, problemas de comunicação ou até mesmo abuso emocional ou físico no casamento anterior.

Essas situações podem gerar uma série de desafios emocionais, espirituais e sociais para os envolvidos. Do ponto de vista religioso, aqueles em união irregular muitas vezes se veem confrontados com o ensinamento da Igreja Católica sobre o sacramento do matrimônio e os padrões morais que regem as relações conjugais. Sentimentos de culpa, confusão e isolamento podem surgir quando essas pessoas se percebem em desacordo com as normas da fé que professam. Além disso, há o desafio emocional de lidar com questões como autoimagem, autoestima e o impacto do estigma social associado a essas situações.

É nesse contexto que a devoção mariana pode desempenhar um papel significativo. Maria, como figura central na tradição católica, é vista como uma mãe espiritual que acolhe e conforta todos os que recorrem a ela em busca de ajuda e consolo. Sua maternidade espiritual transcende as barreiras do matrimônio sacramental, oferecendo uma fonte de amor incondicional e misericórdia para todos os que buscam refúgio em seu manto maternal. Para aqueles em união irregular, que muitas vezes se sentem excluídos ou marginalizados pela comunidade de fé, Maria oferece uma esperança de reconciliação e renovação espiritual.

A devoção mariana pode oferecer conforto e orientação espiritual para aqueles que lutam com sentimentos de culpa e arrependimento em relação às suas situações. Ao recorrer a Maria como mãe espiritual e intercessora, essas pessoas podem encontrar uma fonte de perdão e cura para as feridas emocionais e espirituais que carregam. A devoção a Maria como refúgio dos pecadores pode oferecer um caminho de reconciliação com Deus e com a comunidade de fé, permitindo que os indivíduos se sintam aceitos e amados apesar de suas falhas e fraquezas.

Além disso, a devoção mariana pode oferecer uma mensagem de esperança e inspiração para aqueles que buscam uma nova direção em suas vidas. Maria, como modelo de virtude e santidade, pode servir como exemplo a seguir para aqueles que desejam crescer em sua vida espiritual e superar os desafios que enfrentam. Sua humildade, obediência e amor incondicional a Deus podem inspirar aqueles em união irregular a buscar uma vida de maior integridade e compromisso com os valores do Evangelho.

Além disso, a devoção a Maria como refúgio dos pecadores pode proporcionar um sentido de pertencimento e comunidade para aqueles em união irregular. Ao participar de práticas devocionais como o Rosário, novenas ou outras formas de oração mariana, essas pessoas podem se sentir conectadas à vasta comunidade de fiéis que encontram consolo e apoio em Maria. Isso pode ajudar a diminuir os sentimentos de isolamento e exclusão que muitas vezes acompanham essas situações.

No entanto, é importante reconhecer que a devoção mariana não é uma solução rápida ou uma resposta definitiva para os desafios enfrentados por aqueles em união irregular. Embora Maria possa oferecer conforto espiritual e inspiração, questões como a reconciliação sacramental e a busca pela verdadeira conversão continuam sendo importantes para aqueles que desejam viver de acordo com os ensinamentos da Igreja Católica. A devoção mariana pode ser um caminho para essas pessoas, mas é apenas um aspecto de sua jornada espiritual mais ampla.

Necessário um acompanhamento pastoral sensível e compassivo para ajudar aqueles em união irregular para discernir o melhor caminho a seguir em sua vida espiritual. Isso pode envolver o acesso a orientação espiritual e apoio da comunidade de fé. O papel dos líderes religiosos e dos ministros leigos é crucial nesse processo, pois eles podem oferecer direção espiritual, compreensão e apoio prático às pessoas que enfrentam esses desafios.

A devoção mariana pode ser vista como uma expressão do amor misericordioso de Deus que transcende as limitações humanas e oferece esperança e consolo mesmo nas circunstâncias mais difíceis. Maria, como mãe espiritual e refúgio dos pecadores, representa a compaixão e a bondade de Deus, convidando todos os que estão em necessidade a se voltarem para ela em busca de ajuda e proteção. Enquanto as pessoas em união irregular continuam sua jornada espiritual, podem encontrar conforto na certeza de que são amadas e aceitas por Deus, através da intercessão amorosa de sua mãe, Maria.

O objetivo da devoção mariana é levar as pessoas a um encontro mais profundo com Cristo, pois Maria sempre aponta para seu Filho e convida a todos a segui-Lo. Portanto, ao abraçar a devoção a Maria como refúgio dos pecadores, aqueles em união irregular são convidados a buscar a verdadeira reconciliação com Deus e a encontrar nele a verdadeira paz e redenção. A devoção mariana é uma expressão do amor incondicional de Deus, que acolhe e ama a todos, independentemente de suas circunstâncias ou pecados. Maria, como mãe espiritual e intercessora, está sempre pronta para nos ajudar em nossas necessidades e nos conduzir mais perto de seu Filho.

Que todos aqueles que buscam sua ajuda encontrem conforto, esperança e orientação em sua devoção a Maria como refúgio dos pecadores.

Quando indivíduos se encontram em uma situação de união irregular, muitos dilemas éticos e conflitos internos podem surgir. A complexidade dessas questões não pode ser subestimada, pois envolve não apenas questões teológicas, mas também aspectos emocionais, psicológicos e sociais.

Um dos principais dilemas éticos que aqueles em união irregular enfrentam é o sentimento de exclusão da plena participação na vida sacramental da comunidade de fé. Para muitos, a Eucaristia é o centro de sua vida espiritual, e ser impedido de recebê-la devido à sua situação matrimonial pode causar um profundo senso de isolamento e desamparo espiritual. A sensação de estar fora da comunhão plena da Igreja pode levar a sentimentos de alienação e desconexão, dificultando ainda mais a busca pela reconciliação e integração na comunidade de fé.

Além disso, as pessoas em união irregular muitas vezes enfrentam dilemas morais em relação à sua consciência e lealdade aos ensinamentos da Igreja. Eles podem se sentir divididos entre seguir sua própria consciência e crenças pessoais e obedecer aos preceitos morais da Igreja em relação ao matrimônio e à sexualidade. Essa tensão interna pode levar a conflitos emocionais e espirituais, levando alguns a questionar sua fé e sua identidade religiosa.

Outro aspecto importante desses conflitos éticos é o impacto nas relações interpessoais e familiares. A união irregular pode afetar não apenas o indivíduo diretamente envolvido, mas também seu cônjuge, filhos e outros membros da família. Questões como o reconhecimento legal da união, a participação em atividades religiosas em família e a educação religiosa dos filhos podem ser fonte de tensão e conflito dentro do ambiente familiar.

Diante desses dilemas éticos e conflitos, é importante que a comunidade religiosa ofereça um ambiente de acolhimento, compreensão e apoio para aqueles em união irregular. Em vez de julgamento ou condenação, é necessário mostrar compaixão e empatia, reconhecendo a complexidade das situações individuais e oferecendo orientação pastoral e espiritual adequada.

Da mesma forma, é essencial que a própria pessoa em união irregular busque ativamente o discernimento espiritual e a reconciliação com sua fé e sua comunidade religiosa. Isso pode envolver o diálogo aberto com um líder espiritual, a participação em programas de formação e aprofundamento da fé, e o engajamento em práticas devocionais e sacramentais que fortaleçam sua vida espiritual e sua relação com Deus.

Enfrentar os dilemas éticos e conflitos internos associados à união irregular requer coragem, honestidade e humildade. É um processo de autoconhecimento, crescimento espiritual e busca pela verdade e pela integridade. Ao enfrentar esses desafios com paciência, perseverança e fé, aqueles em união irregular podem encontrar uma maneira de viver sua fé de forma autêntica e significativa, buscando sempre a reconciliação e a comunhão com Deus e com sua comunidade de fé.

A maternidade espiritual de Maria é um tema central na devoção mariana e possui profundo significado para aqueles que se encontram em situações de união irregular. Ela é vista como uma figura maternal que acolhe e conforta todos os filhos de Deus, independentemente de sua situação matrimonial. Essa compreensão da maternidade espiritual de Maria transcende as normas e convenções humanas, oferecendo amor incondicional e misericórdia a todos os que a buscam, inclusive aqueles que enfrentam desafios em suas vidas conjugais.

Para compreender melhor a relevância da maternidade espiritual de Maria para aqueles em união irregular, é importante explorar suas características e como ela é percebida na tradição cristã. Maria é frequentemente descrita como a mãe de todos os fiéis, um título que reflete sua proximidade com a humanidade e seu papel como intercessora junto a Deus. Sua maternidade espiritual não se limita a relacionamentos biológicos, mas se estende a todos os que se aproximam dela em busca de consolo e ajuda espiritual.

A devoção a Maria como mãe espiritual tem suas raízes na própria Escritura Sagrada, onde Maria é retratada como uma figura maternal que cuida e protege os discípulos de seu filho Jesus. Um exemplo notável disso é o relato do Evangelho de João, onde Jesus, na cruz, confia Maria ao discípulo amado e vice-versa, simbolizando a maternidade espiritual de Maria em relação a toda a comunidade cristã. Essa imagem de Maria como mãe espiritual é reforçada por tradições cristãs antigas e pela devoção popular ao longo dos séculos.

Para aqueles em união irregular, a maternidade espiritual de Maria pode oferecer conforto e esperança em meio aos desafios enfrentados em suas vidas conjugais. Ao se aproximarem dela em oração e devoção, essas pessoas podem encontrar um refúgio seguro para suas preocupações e angústias, sentindo-se amadas e aceitas como filhas e filhos de Deus. A maternidade espiritual de Maria também pode inspirar um senso de responsabilidade e compromisso, encorajando os indivíduos a buscar a reconciliação e a restauração em suas relações pessoais e familiares.

Além disso, a devoção a Maria como mãe espiritual pode ajudar aqueles em união irregular a cultivar uma relação mais profunda com Deus e a Igreja. Ao imitar as virtudes de Maria, como humildade, obediência e serviço, essas pessoas podem encontrar orientação espiritual e força para superar os desafios de suas vidas conjugais e buscar uma vida de fé e integridade.

A intercessão e proteção de Maria são aspectos fundamentais da devoção mariana que oferecem consolo e esperança para aqueles que enfrentam desafios em suas vidas, incluindo aqueles em união irregular. Acredita-se que Maria, como mãe espiritual e protetora dos pecadores, intercede junto a Deus em nome daqueles que recorrem a ela em busca de ajuda espiritual e orientação. Esse papel de intercessora e protetora é percebido como uma fonte de conforto e fortaleza para os fiéis, especialmente em momentos de dificuldade e incerteza.Para entender melhor a importância da intercessão e proteção de Maria, é crucial explorar como esses aspectos são percebidos na tradição cristã e como eles podem impactar a vida daqueles em união irregular. Maria é frequentemente vista como uma mediadora de graças, capaz de levar as necessidades e preocupações dos fiéis diretamente a Deus. Sua proximidade com seu filho Jesus a torna uma intercessora poderosa, capaz de pleitear em favor daqueles que a invocam em oração.

A devoção mariana destaca o papel de Maria como protetora dos pecadores, oferecendo-lhes refúgio e amparo em meio às tempestades da vida. Para aqueles em união irregular, Maria pode ser vista como uma aliada espiritual que está sempre pronta para interceder em seu nome diante de Deus. Eles podem recorrer a ela em busca de perdão, orientação e conforto, confiando em sua intercessão maternal para alcançar a misericórdia divina e a reconciliação.

Para aqueles em união irregular, a intercessão e proteção de Maria podem oferecer um sentido de pertencimento e acolhimento na comunidade de fé. Mesmo que eles se sintam excluídos da plena participação na vida sacramental da Igreja devido à sua situação matrimonial, eles podem encontrar consolo na devoção mariana e na crença de que Maria está sempre ao seu lado, intercedendo por eles e
protegendo-os em sua jornada espiritual.

A intercessão e proteção de Maria são fontes de conforto, esperança e fortaleza para aqueles em união irregular. Eles podem recorrer a ela em busca de ajuda espiritual e orientação, confiando em sua intercessão maternal para alcançar a misericórdia divina e a reconciliação. A devoção mariana oferece um refúgio seguro para os fiéis, onde podem encontrar consolo e amparo em meio às tempestades da vida.

A esperança de reconciliação e renovação espiritual é uma mensagem central da devoção mariana, especialmente para aqueles em união irregular. Maria, como mãe espiritual, é vista como uma figura compassiva e misericordiosa, pronta para acolher aqueles que se aproximam dela com humildade e arrependimento. Sua intercessão é vista como um meio de abrir caminho para a reconciliação com Deus e com a comunidade de fé, permitindo que essas pessoas experimentem a plenitude da graça e do amor divinos.

Para compreender mais profundamente essa mensagem de esperança e reconciliação, é importante considerar o papel de Maria como mediadora entre os fiéis e Deus. Na tradição católica, Maria é vista como uma intercessora poderosa, capaz de levar as necessidades e preocupações dos fiéis diretamente a Deus. Sua proximidade com seu filho Jesus a torna uma aliada espiritual poderosa, cuja intercessão pode abrir portas para a reconciliação e a renovação espiritual.

Para aqueles em união irregular, a esperança de reconciliação com Deus e com a comunidade de fé pode ser uma fonte de conforto e inspiração. Eles podem se sentir alienados e excluídos devido à sua situação matrimonial, mas a devoção mariana oferece um caminho de retorno e restauração. Maria é vista como uma mãe acolhedora, cujo amor incondicional transcende as normas e convenções humanas, oferecendo acolhida e reconciliação a todos os que a buscam com um coração arrependido.

Além disso, a intercessão de Maria é percebida como um meio de renovação espiritual para aqueles em união irregular. Eles podem recorrer a ela em busca de orientação e força para enfrentar os desafios da vivencia conjugal, confiando em sua intercessão para obter a graça e a misericórdia divinas. Sua presença maternal oferece conforto e esperança, permitindo que eles se sintam amparados e protegidos em sua jornada espiritual.

O acolhimento e o acompanhamento na comunidade de fé desempenham um papel fundamental na jornada espiritual daqueles em união irregular. Essas pessoas enfrentam desafios únicos em sua vida de fé, muitas vezes se sentindo alienadas e excluídas devido à sua situação matrimonial. No entanto, é essencial que a comunidade de fé as receba com compaixão e misericórdia, oferecendo-lhes apoio espiritual, emocional e prático em seu caminho de reconciliação e renovação espiritual.

A devoção mariana pode ser uma fonte de conforto e inspiração para aqueles em união irregular, lembrando-lhes que são amados e valorizados por Deus e pela Igreja. Maria, como mãe espiritual, acolhe a todos os filhos de Deus, independentemente de sua situação matrimonial, oferecendo-lhes seu amor incondicional e sua intercessão constante. Ao cultivar uma devoção pessoal a Maria, essas pessoas podem encontrar conforto em sua presença maternal e confiança em sua intercessão junto a Deus em seu nome.

Além disso, é importante que a comunidade de fé ofereça um ambiente de acolhimento e apoio para aqueles em união irregular. Isso pode incluir oportunidades para o diálogo aberto e o compartilhamento de experiências, permitindo que essas pessoas se sintam ouvidas e compreendidas em sua jornada espiritual. Os líderes religiosos e os membros da comunidade podem desempenhar um papel ativo no acompanhamento espiritual dessas pessoas, oferecendo-lhes orientação e suporte prático à medida que buscam reconciliação e renovação em sua vida de fé. É essencial que a comunidade de fé adote uma abordagem inclusiva e compassiva em relação àqueles em união irregular, evitando qualquer forma de julgamento ou exclusão. Em vez disso, é necessário demonstrar compreensão e empatia, reconhecendo os desafios e dilemas éticos que essas pessoas enfrentam em sua vida matrimonial. Ao oferecer um ambiente de acolhimento e apoio, a comunidade de fé pode ajudá-las a se sentir parte integrante da vida da igreja, fortalecendo seu senso de pertencimento e sua conexão com Deus e com os outros membros da comunidade.

O acolhimento e o acompanhamento na comunidade de fé são essenciais para aqueles em união irregular, oferecendo-lhes um espaço seguro para explorar sua fé, receber orientação espiritual e encontrar apoio em sua jornada de reconciliação e renovação espiritual. A devoção mariana pode ser uma fonte de inspiração e conforto nesse processo, lembrando-lhes do amor incondicional de Deus e da intercessão constante de Maria em seu favor. Ao cultivar um ambiente de compaixão e misericórdia, a comunidade de fé pode desempenhar um papel significativo no fortalecimento da fé e na integração plena dessas pessoas na vida da igreja.É essencial destacar que a devoção mariana não oferece apenas consolo e inspiração, mas também aponta para a possibilidade de uma nova jornada espiritual. Maria, como mãe espiritual, está sempre pronta para acolher e perdoar aqueles que se aproximam dela com um coração arrependido e sincero.

A devoção mariana oferece uma mensagem de esperança e possibilidade para aqueles em união irregular, lembrando-os do amor incondicional de Deus e da intercessão constante de Maria em seu favor. Ao cultivar uma relação pessoal com Maria e buscar sua intercessão em tempos de dificuldade, essas pessoas podem encontrar consolo, orientação e uma nova jornada espiritual que as conduza à reconciliação e renovação em sua relação com Deus e com a comunidade de fé.


Nossa Senhora Refúgio dos Pecadores, rogai por nós!


sexta-feira, 3 de maio de 2024

 


Recebei, ó Senhor. Amém.

Refletindo sobre a oração do dizimista.

 Na conclusão da oração do Dizimista podemos exercitar a força do sacerdócio comum dos fieis, oferecendo ao Senhor os dons e sentimentos. “Receba o Senhor por tuas mãos este sacrifício, para glória do Seu Nome, para nosso bem e de toda a santa Igreja.

Essa afirmação reflete uma das partes centrais da liturgia católica, especialmente durante a celebração da Eucaristia. Marca o momento em que o sacerdote oferece os elementos do pão e do vinho durante a missa. É uma invocação direta a Deus, solicitando que Ele aceite os dons que estão sendo apresentados como parte do sacrifício eucarístico. O sacerdote está reconhecendo que toda a assembleia participa do sacerdócio comum dos fiéis, onde cada membro da comunidade é chamado a oferecer a si mesmo como sacrifício vivo a Deus, valorizando a participação ativa de todos os presentes na celebração da Eucaristia. Destacando a importância da disposição interior e da entrega total a Deus durante a celebração litúrgica.

O ato de oferecer os dons e sentimentos durante a celebração da Eucaristia não se limita apenas aos elementos materiais do pão e do vinho, mas também inclui as contribuições financeiras da comunidade, como o dízimo. Os fiéis são encorajados a expressar sua gratidão a Deus por meio dessas ofertas, reconhecendo que tudo o que têm vem Dele.

O dízimo na Igreja Católica é visto como uma expressão do sacerdócio comum dos fiéis, onde todos os membros da comunidade são chamados a participar da missão da Igreja. Contribuir com o dízimo não é apenas uma questão de financiamento da instituição, mas também uma forma de os fiéis exercitarem sua responsabilidade de serem administradores fiéis dos recursos que Deus lhes confiou.

Ao oferecer o dízimo, os fiéis buscam promover a glória de Deus e o bem da Igreja. Essas contribuições financeiras são direcionadas para sustentar as atividades pastorais, obras de caridade, manutenção das estruturas físicas da comunidade e outras necessidades da paróquia. Dessa forma, o dízimo se torna uma forma tangível de os fiéis colaborarem com a missão da Igreja e de testemunharem sua fé.

O dízimo é entendido como um sacrifício oferecido a Deus por meio das mãos do sacerdote e da comunidade. Ao entregar uma parte de seus recursos financeiros à Igreja, os fiéis estão expressando sua confiança em Deus e sua disposição para colaborar com a obra do Reino.

Assim como na oração, o "Amém" na oração do dízimo representa a aceitação e a confirmação da oferta que está sendo apresentada a Deus. Ao entregar o dízimo, os fiéis estão respondendo à chamada de Deus para contribuir com uma parte de seus recursos para a obra da Igreja. O "Amém" é uma forma de ratificar essa oferta e reconhecer a soberania de Deus sobre todas as coisas, incluindo nossas posses materiais.

O "Amém" na oração do dízimo também representa a participação ativa na comunidade de fé. Ao contribuir financeiramente para as necessidades da igreja e da comunidade, os fiéis estão expressando sua adesão aos valores e ensinamentos do Evangelho. O "Amém" é uma expressão de concordância e compromisso com a missão da Igreja de proclamar o Evangelho e servir aos necessitados.

O "Amém" na oração do dízimo é uma expressão de confiança na providência divina. Ao entregar uma parte de seus recursos financeiros, os fiéis confiam que Deus cuidará de suas necessidades e abençoará suas vidas. O "Amém" é uma declaração de fé na generosidade e fidelidade de Deus em suprir todas as nossas necessidades.

O "Amém" é usado para finalizar as orações, selando os pedidos feitos a Deus com fé e confiança. Santo Agostinho, mostrou a importância de não apenas dizer "Amém" com os lábios, mas também com o coração; ele dizia: “quando a Igreja diz AMÉM as portas e janelas do templo devem tremer, manifestando a maturidade da fé daquela comunidade”.

Assim como em outras orações, o "Amém" na oração do dízimo marca o encerramento da oferta com gratidão e louvor a Deus. É uma forma de reconhecer a bondade de Deus em nos permitir participar de Sua obra no mundo através de nossas ofertas financeiras. O "Amém" é uma expressão de gratidão pelo privilégio de contribuir para o avanço do Reino de Deus.

O "Amém" na oração do dízimo é mais do que uma simples palavra; é uma expressão de fé, compromisso e gratidão na vida espiritual dos cristãos. É uma resposta que faz tremer o coração dos fiéis.


Pe. Renato Dutra Borges, SDN

 

 

segunda-feira, 22 de abril de 2024

 


Reflexões sobre Oração do Dizimista 

Dizimo é ...

Meu dízimo é fruto de nossa fé.




O dízimo é uma prática religiosa que consiste em devolver a Deus uma parte dos bens que Ele nos concede. É uma forma de reconhecer a origem e o destino de tudo o que temos e somos, e de expressar nossa gratidão e confiança em Deus. Mas o dízimo não é apenas um gesto financeiro, é também um compromisso espiritual, moral e social. O dízimo implica em quatro atitudes fundamentais: transparência, corresponsabilidade, contribuição e participação.

Transparência: O dízimo deve ser administrado com honestidade, clareza e prestação de contas. Os fiéis têm o direito de saber como o dinheiro do dízimo é usado, quais são as necessidades da comunidade, como são tomadas as decisões e como são avaliados os resultados. A transparência gera confiança, credibilidade e fidelidade.

Corresponsabilidade: O dízimo deve ser assumido como uma responsabilidade compartilhada entre todos os membros da comunidade. Cada um deve dar conforme suas possibilidades e necessidades, sem egoísmo nem ostentação. O dízimo deve ser proporcional à renda e ao estilo de vida de cada um, sem fixar valores ou porcentagens. A corresponsabilidade gera solidariedade, justiça e equidade.

Contribuição: O dízimo deve ser destinado ao sustento da Igreja em suas diversas dimensões: RELIGIOSA, ECLESIAL, MISSIONÁRIA e CARITATIVA. O dízimo deve ser usado para promover a evangelização, a formação, a assistência, a celebração, o testemunho e o envio. A contribuição gera comunhão, serviço e missão.

Participação / evangelização: O dízimo deve ser acompanhado de uma participação ativa na vida da comunidade. Não basta dar dinheiro, é preciso também dar tempo, talento, oração e presença. O dízimo deve estimular o envolvimento dos fiéis nas diversas atividades pastorais, litúrgicas, caritativas, educativas e missionárias da Igreja. O dízimo deve favorecer a formação de lideranças leigas, a organização de conselhos e equipes, a realização de assembleias e planejamentos. A participação gera pertença, coragem e alegria.

O dízimo é uma forma de viver a fé cristã em sua plenitude. É uma expressão de amor a Deus e ao próximo. É uma maneira de colaborar com o Reino de Deus na terra. É um desafio e uma oportunidade para crescer em santidade e em comunhão.

Pe. Renato Dutra Borges, SDN


Oração Dizimista CNBB 

 “Pai santo, 
contemplando Jesus Cristo, vosso Filho bem amado
que se entregou por nós na cruz, 
e tocado pelo amor que o Espírito Santo derrama em nós, 
manifesto, com esta contribuição, 
minha pertença à Igreja,
solidário com sua missão
e com os mais necessitados.
De todo o coração, ó Pai,
contribuo com o que posso:
 recebei, ó Senhor. Amém”.


PAI SANTO...

A oração é uma forma de comunicação com Deus, que expressa nossa fé, confiança, adoração e gratidão. A oração também reconhece a soberania, a bondade e a misericórdia de Deus, que nos ouve e nos atende segundo a sua vontade.

Quando oramos, nos dirigimos a Deus Pai, pois ele é a fonte de toda a vida e de toda a graça. Ele é o criador e o sustentador de todas as coisas, e nos ama como seus filhos. Ele é o único que é Santo. A santidade de Deus é revelada na sua Palavra, especialmente nos profetas, que anunciam o seu juízo e a sua salvação. Isaías teve uma visão do trono de Deus, onde os serafins proclamavam a sua santidade “SANTO, SANTO, SANTO” e a sua glória. Essa visão marcou profundamente o profeta, que se sentiu indigno e impuro diante da majestade divina. Mas Deus o purificou com uma brasa do altar, e o chamou para ser seu mensageiro.

A santidade de Deus também é revelada na pessoa de Jesus Cristo, seu Filho unigênito, que veio ao mundo para nos salvar. Jesus é o Santo de Deus, que viveu sem pecado e cumpriu perfeitamente a vontade do Pai. Ele é o Emanuel, Deus conosco, que manifestou a sua glória e o seu amor. Ele é o Cordeiro de Deus, que morreu na cruz para nos purificar de toda a iniquidade. Ele é o Senhor ressuscitado, que vive para sempre e intercede por nós.

A santidade de Deus também é revelada na obra do Espírito Santo, que nos regenera, nos santifica e nos capacita para servir a Deus.

Portanto, quando oramos, reconhecemos que Deus Pai é Santo, e que Ele nos chama à santidade. A oração é uma resposta de gratidão pelo que Deus já fez por nós em Cristo Jesus. A oração também é uma expressão de esperança pelo que Deus ainda fará por nós na sua vinda gloriosa. A oração também é um ato de adoração ao único que é digno: o Pai Santo.

Pe. Renato Dutra Borges, SDN



 “... Contemplando Vosso Filho Jesus Cristo,...”

A frase “contemplando vosso filho Jesus Cristo” é uma expressão de devoção e adoração a Jesus Cristo, o Filho de Deus encarnado. A contemplação é uma prática espiritual que consiste em fixar o olhar e o coração em Deus, buscando conhecê-lo, amá-lo e imitá-lo. A contemplação de Jesus Cristo é uma forma privilegiada de entrar em comunhão com Deus, pois Jesus é o rosto humano de Deus, a revelação plena do amor e da misericórdia divina. So seremos bons dizimistas mantenho os olhos fixos em Jesus. (Hb 12,2)

Na Bíblia, a contemplação de Jesus Cristo é apresentada como um caminho para a salvação e a vida eterna. O Evangelho de João afirma que “Deus amou tanto o mundo que deu o seu Filho único, para que todo aquele que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,16). A Carta aos Hebreus apresenta Jesus como o sumo sacerdote perfeito, que se ofereceu em sacrifício pelos pecados da humanidade e que agora intercede por nós junto ao Pai (Hb 4,14-16). A contemplação de Jesus Cristo nos ajuda a compreender melhor o mistério da salvação e a crescer na fé, na vida espiritual e na vida em comunidade.

Na tradição da Igreja Católica, a contemplação de Jesus Cristo é uma prática recomendada para todos os fiéis, especialmente para os monges e as monjas que se dedicam à vida contemplativa. A oração do Rosário é uma forma popular de contemplação de Jesus Cristo e dos mistérios da fé cristã. A liturgia da Igreja também oferece diversas oportunidades para a contemplação de Jesus Cristo, como por exemplo na celebração da Eucaristia e na adoração ao Santíssimo Sacramento.

            Agradecemos a você, que a partir da contemplação de Jesus Cristo se tornou dizimista. “O meu dízimo é fruto de nossa fé”

Pe. Renato Dutra Borges, SDN


“...Vosso Filho bem-amado que se entregou por nós na cruz, ...”

No centro da Pastoral do Dízimo reside uma oportunidade singular de viver a fé cristã, em resposta à contemplação do Filho bem amado que se entregou por nós na cruz. Este vínculo profundo entre doação financeira e o sacrifício redentor de Cristo, molda uma prática que vai além de meras transações econômicas, para se tornar uma expressão concreta do amor cristão.

Ao praticar o dízimo, somos desafiados a imitar a generosidade de Cristo, que, por amor, deu-se totalmente na cruz. A contemplação desse sacrifício nos inspira a sermos generosos com nossos recursos, reconhecendo que a nossa doação financeira é uma resposta ao amor divino que nos foi primeiramente concedido.

Essa experiência vai além do ato de contribuir financeiramente; ela reflete a solidariedade e comunhão que Cristo buscava estabelecer entre Seus seguidores. Ao contribuir com o dízimo, tornamo-nos participantes ativos na construção da comunidade cristã, colaborando na realização da missão da Igreja.

O dízimo, quando administrado com responsabilidade, reflete a compreensão de que todos os recursos são dons de Deus. A administração fiel destes bens é uma extensão do cuidado que Cristo demonstrou ao oferecer-se por nós na cruz, e ao mesmo tempo, um desafio no uso correto de forma a beneficiar toda a comunidade.

A prática do dízimo, enraizada na contemplação da entrega de Cristo, também nos convida à renúncia e ao desprendimento em relação aos bens materiais. Este ato de sacrifício financeiro reflete a compreensão de que, ao seguir Cristo, somos chamados a uma vida de simplicidade e confiança na providência divina.

Ao destinar parte do dízimo para iniciativas que atendam às necessidades dos carentes, a Pastoral do Dízimo encarna o cuidado prático pelos outros, seguindo o exemplo do Cristo compassivo que dedicou Sua vida aos marginalizados e desfavorecidos.

Assim, ao integrar a Pastoral do Dízimo com a contemplação do Filho que se entregou por nós na cruz, testemunhamos uma ação que vai além do aspecto financeio, para se tornar uma participação ativa na missão redentora de Cristo. É uma expressão de fé viva, onde nossas contribuições se transformam em instrumentos de amor, justiça e solidariedade, construindo uma comunidade que reflete os valores do Evangelho no mundo.

Pe. Renato Dutra Borges, SDN


E tocado pelo amor que o Espírito Santo derrama em nós...’’ 

A Generosidade Inspirada pelo Amor do Espírito Santo na Pastoral do Dízimo.
Na jornada espiritual cristã, somos constantemente chamados a refletir o amor que recebemos do Espírito Santo em nossas vidas. A frase "E tocados pelo amor que o Espírito Santo derrama em nós" ecoa como um lembrete da profunda conexão entre a ação do Espírito Santo e o impulso para amar e com- partilhar com os outros. Neste contexto, a pastoral do dízimo emerge como uma expressão prática desse amor transforma- dor.
A Essência do Amor Cristão: A teologia cristã nos ensina que o amor não é meramente um sentimento, mas uma força ativa que transforma vidas. Tocados por esse amor divino, somos chamados a responder de maneira tangível, e é aqui que o dízimo desempenha um papel significativo.
Passagens Bíblicas que Iluminam o Caminho: As Escrituras nos guiam nessa jornada. Em 2 Coríntios 9, 7, somos lembrados de que Deus ama quem dá com alegria, revelando a importância da generosidade voluntária. Mateus 6, 21 destaca a conexão entre nossas finanças e nosso coração, enquanto Provérbios 3, 9-10 nos exorta a honrar o Senhor com nossos bens.
O Dízimo como Expressão de Fé: Ao aplicar esses ensina- mentos, compreendemos que o dízimo não é apenas uma contribuição financeira, mas um ato de fé, gratidão e confiança em Deus como provedor. São Paulo VI destaca que, ao dar uma parte do que já recebemos, expressamos nossa confiança na abundância divina.
Construindo uma Comunidade de Amor e Partilha: A pastoral do dízimo, portanto, não se limita a questões financeiras, mas busca forjar uma comunidade centrada no amor cristão. É um convite para reconhecermos o privilégio de contribuir para a missão da Igreja e para as necessidades dos irmãos.

Assim, inspirados pelo amor do Espírito Santo, somos chamados a abraçar a prática do dízimo, não como uma obrigação, mas como uma resposta alegre ao amor que recebemos. Ao fazê-lo, construímos uma comunidade sólida, irradiando o amor de Deus e transformando vidas, pois, verdadeiramente, "o meu dízimo é fruto de nossa fé".

Pe. Renato Dutra Borges, SDN


“Manifesto, com esta contribuição...”

O Manifesto Generoso do Dízimo: Uma Revelação de Amor e Generosidade

Quando falamos sobre dízimo, não estamos apenas tratando de uma contribuição financeira; estamos explorando um manifesto generoso que revela a essência da generosidade divina. Manifestar-se por meio do dízimo é tornar público o nosso desejo de espelhar a generosidade de Deus, revelando, assim, a nossa disposição de sermos instrumentos do Seu amor no mundo.

Contribuição como Expressão de Boa Vontade:

Contribuir vai além de uma obrigação legal; é uma manifestação de boa vontade. Quando oferecemos o que temos para ajudar, estamos, de fato, seguindo o exemplo do Pai Celestial. A contribuição não é apenas um ato humano, mas uma resposta à natureza divina que nos criou à Sua imagem. Deus, em Sua máxima expressão de doação, deu-nos Seu Filho amado como prova irrefutável de amor.

Motivação para Contribuir:

Se somos verdadeiramente de Deus, a motivação para contribuir transcende a mera obrigação legal. O Novo Testamento nos desafia a ir além da décima parte e a oferecer tudo. A verdadeira contribuição está na disposição de nos tornarmos pobres para que outros possam ser enriquecidos. Este é o cerne da contribuição: uma manifestação do amor que busca a prosperidade do próximo e assim de todos.

Três Palavras que Definem a Contribuição: Graça, Bênção e Comunhão:

Graça: Contribuir é um ato de graça. Ao darmos generosamente, estamos refletindo a graça abundante que recebemos de Deus. A contribuição é uma resposta grata à generosidade que nos foi estendida.

Bênção: A contribuição é uma bênção, não apenas para quem recebe, mas também para quem dá. Ao semear no Reino de Deus, experimentamos as bênçãos de uma vida alinhada com os propósitos divinos.

Comunhão: A contribuição une a comunidade de fé em um propósito maior. É um ato de comunhão, onde nos tornamos coparticipantes no avanço do Reino de Deus. Através da contribuição, fortalecemos os laços que nos unem como membros do corpo de Cristo.

Em resumo, o dízimo transcende o simples ato de dar; é uma resposta ao amor e à generosidade de Deus. Manifestar-se por meio da contribuição é declarar publicamente a nossa disposição de sermos canais do amor divino, buscando a prosperidade dos outros e participando ativamente na construção do Reino. Que a graça, bênção e comunhão permeiem cada gesto de contribuição, revelando assim a essência do coração generoso que reflete a imagem de Deus.

Pe. Renato Dutra Borges, SDN


“Minha pertença a Igreja,...”

 

É fundamental compreender e aprofundar a importância da pertença à Igreja não apenas como uma questão espiritual, mas também como um elemento central na construção da identidade e no desenvolvimento humano integral. A pertença à Igreja não é apenas uma afirmação de fé individual, mas uma inserção em uma comunidade de fé que oferece apoio, orientação e cuidado ao longo da vida.

A pertença à Igreja pelo batismo é um reconhecimento de que fazemos parte de uma comunidade mais ampla, que compartilha uma mesma fé e missão. Essa identidade cristã, como mencionado, é como um sobrenome que nos conecta a uma linhagem espiritual que se estende ao longo da história, podemos enfatizar a importância dessa pertença como um recurso de apoio e suporte para os indivíduos e famílias que enfrentam desafios e dificuldades em suas vidas.

Além disso, reconhecer que ninguém se torna cristão por si mesmo nos leva a valorizar ainda mais o papel da comunidade na formação da identidade espiritual e no apoio mútuo. Como membros da Igreja, somos parte de um povo que compartilha uma história comum de fé, esperança e amor. Essa comunidade nos ajuda a crescer na fé, nos sustenta em momentos de dificuldade e nos desafia a viver de acordo com os ensinamentos de Cristo.

Como dizimistas é nosso papel facilitar o acesso das pessoas aos recursos e apoios oferecidos pela comunidade de fé, incluindo serviços pastorais, grupos de apoio, orientação espiritual e assistência material. Ao mesmo tempo, também podemos ajudar a fortalecer a comunidade, promovendo a inclusão, a solidariedade e o cuidado mútuo entre os membros. Do ponto de vista econômico, essa pertença à Igreja pode influenciar nossas decisões financeiras de várias maneiras. Por exemplo, o ato de contribuir com dízimo para o sustento da comunidade e o financiamento de suas atividades pastorais e sociais, é uma expressão concreta dessa pertença. O dizimo é uma prática que reflete o compromisso de cada cristão com a sustentabilidade e o crescimento da comunidade de fé.

É importante reconhecer que a pertença à Igreja vai além de uma simples filiação institucional. É uma adesão a um projeto de amor e serviço que busca promover a dignidade e o bem-estar de todas as pessoas, especialmente dos mais vulneráveis e marginalizados, somos chamados a ser agentes de transformação e esperança em nossa comunidade, inspirando outros a se engajarem na construção de um mundo mais justo, compassivo e solidário, à luz do Evangelho.

Pe. Renato Dutra Borges, SDN


“Solidário com sua missão e com os mais necessitados.”

É muito comum ouvirmos ou falarmos de solidariedade, tanto em âmbito de fé, como fora dele. Na maioria das vezes, ao usarmos essa palavra, estamos nos referindo a algum tipo de ajuda esporádica dada a alguém em situação difícil. E, assim, a solidariedade fica restrita a perceber uma situação urgente e fazer algo para resolvê-la naquele momento. Porém, é preciso pensar a solidariedade em termos mais amplos, em termos estruturais.

Solidariedade não se limita a gestos esporádicos de generosidade, mas envolve uma visão e ação comunitárias que priorizam o bem-estar de todos sobre a concentração de recursos por alguns, especialmente no contexto da pastoral do dízimo.

Nesse sentido, a prática do dízimo na pastoral deve ir além do simples ato de contribuir financeiramente para a igreja. Deve ser compreendida como uma expressão concreta da solidariedade comunitária, onde os recursos são direcionados não apenas para atender às necessidades imediatas da comunidade eclesial, mas também para promover a justiça social, o bem-estar geral e o cuidado pelos mais necessitados. Compreendemos o dízimo não apenas como uma prática financeira, mas como uma expressão integral da fé cristã, que abrange as dimensões religiosa, eclesial, missionária e caritativa da pastoral

Religiosa: A solidariedade é uma expressão concreta da fé cristã, que se manifesta no compartilhamento de recursos e na preocupação com o bem-estar dos outros. Contribuir com o dízimo não é apenas um ato financeiro, mas também um ato de fé e devoção, demonstrando compromisso com os valores do Evangelho.

Eclesial: O dízimo não é apenas uma questão individual, mas uma prática que fortalece a comunidade de fiéis. Ao contribuir com o dízimo, os membros da igreja estão investindo na construção e sustentação da comunidade eclesial, possibilitando a realização de atividades pastorais, evangelizadoras e de promoção social.

Missionária: Contribuir com o dízimo não se restringe apenas ao apoio à comunidade local, mas também implica em participar da missão da Igreja de transformação do mundo, lutando contra as desigualdades e promovendo a justiça e a solidariedade em nível global.

Caritativa: A dimensão caritativa da pastoral do dízimo se manifesta na preocupação com os mais necessitados e na promoção do bem comum. Contribuir com o dízimo é uma forma concreta de praticar a caridade cristã, tanto em termos de assistência imediata quanto de busca por mudanças estruturais que promovam a dignidade humana.

Assim, a pastoral do dízimo não se restringe à arrecadação de recursos, mas busca criar uma cultura de solidariedade que transcende as fronteiras da comunidade religiosa, abraçando as causas estruturais que geram injustiça e desigualdade. O objetivo é construir uma sociedade mais justa e fraterna, onde cada indivíduo é valorizado e suas necessidades são atendidas com dignidade.


Pe. Renato Dutra Borges, SDN


“De todo o coração, ó Pai, contribuo com o que posso.”

Contribuir financeiramente para a obra do Senhor é uma prática que está enraizada nas Escrituras e é incentivada como uma expressão de fé e devoção. É importante compreender que essa contribuição deve ser motivada pelo coração, pela disposição genuína de oferecer a Deus uma parte do que Ele nos concedeu.

Quando refletimos sobre contribuir com o coração, estamos reconhecendo que essa ação vai além de uma mera obrigação ou ritual religioso. É um ato de amor e gratidão a Deus, que reconhecemos como o provedor de todas as coisas. Assim como investimos tempo e recursos em nossos entes queridos, contribuir para a obra do Senhor é uma expressão de nosso relacionamento com Ele.

Além disso, contribuir com o coração significa desapegar-se do apego excessivo aos bens materiais e reconhecer a importância de investir no Reino de Deus. Isso implica em colocar nossa confiança em Deus como nossa fonte de segurança e provisão, em vez de confiar apenas em nossos próprios recursos. É uma demonstração de fé de que Deus suprirá todas as nossas necessidades conforme Sua promessa.

Ao contribuir com o coração, também estamos alinhando nossas prioridades com as de Deus. Reconhecemos que o Reino de Deus merece nossa dedicação e investimento, e estamos dispostos a sacrificar parte de nossos recursos para apoiar Sua obra na Terra. Essa atitude de generosidade e sacrifício não apenas abençoa a obra do Senhor, mas também nos aproxima d'Ele e fortalece nossa fé e devoção a Deus e nossa disposição em participar ativamente de Seu plano redentor para o mundo.

Contribuir com o coração também nos ajuda a desenvolver uma mentalidade de generosidade e solidariedade para com os outros. Quando nos desapegamos dos nossos bens materiais e os colocamos a serviço do Reino de Deus, estamos demonstrando compaixão e cuidado pelos necessitados.

Jesus nos ensinou a amar e cuidar uns dos outros, e uma maneira prática de viver esse ensinamento é através da nossa generosidade financeira. Ao contribuirmos com o coração, estamos investindo não apenas na obra de Deus, mas também na transformação de vidas e na construção de um mundo mais justo e compassivo.

Contribuir com o coração nos lembra da importância da gratidão e da responsabilidade financeira. Reconhecemos que tudo o que temos vem de Deus e somos chamados a administrar esses recursos de forma sábia e generosa. Isso significa não apenas contribuir regularmente para a obra do Senhor, mas também gerenciar nossos recursos de acordo com os princípios do Reino de Deus.

Contribuir com o coração é uma expressão de nossa fé, amor e gratidão a Deus. É um ato de adoração que nos aproxima d'Ele e nos capacita a viver de acordo com Seus valores.

Que possamos continuar a contribuir com generosidade e alegria, sabendo que nosso investimento na obra de Deus tem um impacto eterno, sabendo que onde está nosso tesouro, lá estará nosso coração.

Pe. Renato Dutra Borges, SDN


CONTINUA...

recebei, ó Senhor. Amém