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segunda-feira, 22 de abril de 2024

 


Reflexões sobre Oração do Dizimista 

Dizimo é ...

Meu dízimo é fruto de nossa fé.




O dízimo é uma prática religiosa que consiste em devolver a Deus uma parte dos bens que Ele nos concede. É uma forma de reconhecer a origem e o destino de tudo o que temos e somos, e de expressar nossa gratidão e confiança em Deus. Mas o dízimo não é apenas um gesto financeiro, é também um compromisso espiritual, moral e social. O dízimo implica em quatro atitudes fundamentais: transparência, corresponsabilidade, contribuição e participação.

Transparência: O dízimo deve ser administrado com honestidade, clareza e prestação de contas. Os fiéis têm o direito de saber como o dinheiro do dízimo é usado, quais são as necessidades da comunidade, como são tomadas as decisões e como são avaliados os resultados. A transparência gera confiança, credibilidade e fidelidade.

Corresponsabilidade: O dízimo deve ser assumido como uma responsabilidade compartilhada entre todos os membros da comunidade. Cada um deve dar conforme suas possibilidades e necessidades, sem egoísmo nem ostentação. O dízimo deve ser proporcional à renda e ao estilo de vida de cada um, sem fixar valores ou porcentagens. A corresponsabilidade gera solidariedade, justiça e equidade.

Contribuição: O dízimo deve ser destinado ao sustento da Igreja em suas diversas dimensões: RELIGIOSA, ECLESIAL, MISSIONÁRIA e CARITATIVA. O dízimo deve ser usado para promover a evangelização, a formação, a assistência, a celebração, o testemunho e o envio. A contribuição gera comunhão, serviço e missão.

Participação / evangelização: O dízimo deve ser acompanhado de uma participação ativa na vida da comunidade. Não basta dar dinheiro, é preciso também dar tempo, talento, oração e presença. O dízimo deve estimular o envolvimento dos fiéis nas diversas atividades pastorais, litúrgicas, caritativas, educativas e missionárias da Igreja. O dízimo deve favorecer a formação de lideranças leigas, a organização de conselhos e equipes, a realização de assembleias e planejamentos. A participação gera pertença, coragem e alegria.

O dízimo é uma forma de viver a fé cristã em sua plenitude. É uma expressão de amor a Deus e ao próximo. É uma maneira de colaborar com o Reino de Deus na terra. É um desafio e uma oportunidade para crescer em santidade e em comunhão.

Pe. Renato Dutra Borges, SDN


Oração Dizimista CNBB 

 “Pai santo, 
contemplando Jesus Cristo, vosso Filho bem amado
que se entregou por nós na cruz, 
e tocado pelo amor que o Espírito Santo derrama em nós, 
manifesto, com esta contribuição, 
minha pertença à Igreja,
solidário com sua missão
e com os mais necessitados.
De todo o coração, ó Pai,
contribuo com o que posso:
 recebei, ó Senhor. Amém”.


PAI SANTO...

A oração é uma forma de comunicação com Deus, que expressa nossa fé, confiança, adoração e gratidão. A oração também reconhece a soberania, a bondade e a misericórdia de Deus, que nos ouve e nos atende segundo a sua vontade.

Quando oramos, nos dirigimos a Deus Pai, pois ele é a fonte de toda a vida e de toda a graça. Ele é o criador e o sustentador de todas as coisas, e nos ama como seus filhos. Ele é o único que é Santo. A santidade de Deus é revelada na sua Palavra, especialmente nos profetas, que anunciam o seu juízo e a sua salvação. Isaías teve uma visão do trono de Deus, onde os serafins proclamavam a sua santidade “SANTO, SANTO, SANTO” e a sua glória. Essa visão marcou profundamente o profeta, que se sentiu indigno e impuro diante da majestade divina. Mas Deus o purificou com uma brasa do altar, e o chamou para ser seu mensageiro.

A santidade de Deus também é revelada na pessoa de Jesus Cristo, seu Filho unigênito, que veio ao mundo para nos salvar. Jesus é o Santo de Deus, que viveu sem pecado e cumpriu perfeitamente a vontade do Pai. Ele é o Emanuel, Deus conosco, que manifestou a sua glória e o seu amor. Ele é o Cordeiro de Deus, que morreu na cruz para nos purificar de toda a iniquidade. Ele é o Senhor ressuscitado, que vive para sempre e intercede por nós.

A santidade de Deus também é revelada na obra do Espírito Santo, que nos regenera, nos santifica e nos capacita para servir a Deus.

Portanto, quando oramos, reconhecemos que Deus Pai é Santo, e que Ele nos chama à santidade. A oração é uma resposta de gratidão pelo que Deus já fez por nós em Cristo Jesus. A oração também é uma expressão de esperança pelo que Deus ainda fará por nós na sua vinda gloriosa. A oração também é um ato de adoração ao único que é digno: o Pai Santo.

Pe. Renato Dutra Borges, SDN



 “... Contemplando Vosso Filho Jesus Cristo,...”

A frase “contemplando vosso filho Jesus Cristo” é uma expressão de devoção e adoração a Jesus Cristo, o Filho de Deus encarnado. A contemplação é uma prática espiritual que consiste em fixar o olhar e o coração em Deus, buscando conhecê-lo, amá-lo e imitá-lo. A contemplação de Jesus Cristo é uma forma privilegiada de entrar em comunhão com Deus, pois Jesus é o rosto humano de Deus, a revelação plena do amor e da misericórdia divina. So seremos bons dizimistas mantenho os olhos fixos em Jesus. (Hb 12,2)

Na Bíblia, a contemplação de Jesus Cristo é apresentada como um caminho para a salvação e a vida eterna. O Evangelho de João afirma que “Deus amou tanto o mundo que deu o seu Filho único, para que todo aquele que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,16). A Carta aos Hebreus apresenta Jesus como o sumo sacerdote perfeito, que se ofereceu em sacrifício pelos pecados da humanidade e que agora intercede por nós junto ao Pai (Hb 4,14-16). A contemplação de Jesus Cristo nos ajuda a compreender melhor o mistério da salvação e a crescer na fé, na vida espiritual e na vida em comunidade.

Na tradição da Igreja Católica, a contemplação de Jesus Cristo é uma prática recomendada para todos os fiéis, especialmente para os monges e as monjas que se dedicam à vida contemplativa. A oração do Rosário é uma forma popular de contemplação de Jesus Cristo e dos mistérios da fé cristã. A liturgia da Igreja também oferece diversas oportunidades para a contemplação de Jesus Cristo, como por exemplo na celebração da Eucaristia e na adoração ao Santíssimo Sacramento.

            Agradecemos a você, que a partir da contemplação de Jesus Cristo se tornou dizimista. “O meu dízimo é fruto de nossa fé”

Pe. Renato Dutra Borges, SDN


“...Vosso Filho bem-amado que se entregou por nós na cruz, ...”

No centro da Pastoral do Dízimo reside uma oportunidade singular de viver a fé cristã, em resposta à contemplação do Filho bem amado que se entregou por nós na cruz. Este vínculo profundo entre doação financeira e o sacrifício redentor de Cristo, molda uma prática que vai além de meras transações econômicas, para se tornar uma expressão concreta do amor cristão.

Ao praticar o dízimo, somos desafiados a imitar a generosidade de Cristo, que, por amor, deu-se totalmente na cruz. A contemplação desse sacrifício nos inspira a sermos generosos com nossos recursos, reconhecendo que a nossa doação financeira é uma resposta ao amor divino que nos foi primeiramente concedido.

Essa experiência vai além do ato de contribuir financeiramente; ela reflete a solidariedade e comunhão que Cristo buscava estabelecer entre Seus seguidores. Ao contribuir com o dízimo, tornamo-nos participantes ativos na construção da comunidade cristã, colaborando na realização da missão da Igreja.

O dízimo, quando administrado com responsabilidade, reflete a compreensão de que todos os recursos são dons de Deus. A administração fiel destes bens é uma extensão do cuidado que Cristo demonstrou ao oferecer-se por nós na cruz, e ao mesmo tempo, um desafio no uso correto de forma a beneficiar toda a comunidade.

A prática do dízimo, enraizada na contemplação da entrega de Cristo, também nos convida à renúncia e ao desprendimento em relação aos bens materiais. Este ato de sacrifício financeiro reflete a compreensão de que, ao seguir Cristo, somos chamados a uma vida de simplicidade e confiança na providência divina.

Ao destinar parte do dízimo para iniciativas que atendam às necessidades dos carentes, a Pastoral do Dízimo encarna o cuidado prático pelos outros, seguindo o exemplo do Cristo compassivo que dedicou Sua vida aos marginalizados e desfavorecidos.

Assim, ao integrar a Pastoral do Dízimo com a contemplação do Filho que se entregou por nós na cruz, testemunhamos uma ação que vai além do aspecto financeio, para se tornar uma participação ativa na missão redentora de Cristo. É uma expressão de fé viva, onde nossas contribuições se transformam em instrumentos de amor, justiça e solidariedade, construindo uma comunidade que reflete os valores do Evangelho no mundo.

Pe. Renato Dutra Borges, SDN


E tocado pelo amor que o Espírito Santo derrama em nós...’’ 

A Generosidade Inspirada pelo Amor do Espírito Santo na Pastoral do Dízimo.
Na jornada espiritual cristã, somos constantemente chamados a refletir o amor que recebemos do Espírito Santo em nossas vidas. A frase "E tocados pelo amor que o Espírito Santo derrama em nós" ecoa como um lembrete da profunda conexão entre a ação do Espírito Santo e o impulso para amar e com- partilhar com os outros. Neste contexto, a pastoral do dízimo emerge como uma expressão prática desse amor transforma- dor.
A Essência do Amor Cristão: A teologia cristã nos ensina que o amor não é meramente um sentimento, mas uma força ativa que transforma vidas. Tocados por esse amor divino, somos chamados a responder de maneira tangível, e é aqui que o dízimo desempenha um papel significativo.
Passagens Bíblicas que Iluminam o Caminho: As Escrituras nos guiam nessa jornada. Em 2 Coríntios 9, 7, somos lembrados de que Deus ama quem dá com alegria, revelando a importância da generosidade voluntária. Mateus 6, 21 destaca a conexão entre nossas finanças e nosso coração, enquanto Provérbios 3, 9-10 nos exorta a honrar o Senhor com nossos bens.
O Dízimo como Expressão de Fé: Ao aplicar esses ensina- mentos, compreendemos que o dízimo não é apenas uma contribuição financeira, mas um ato de fé, gratidão e confiança em Deus como provedor. São Paulo VI destaca que, ao dar uma parte do que já recebemos, expressamos nossa confiança na abundância divina.
Construindo uma Comunidade de Amor e Partilha: A pastoral do dízimo, portanto, não se limita a questões financeiras, mas busca forjar uma comunidade centrada no amor cristão. É um convite para reconhecermos o privilégio de contribuir para a missão da Igreja e para as necessidades dos irmãos.

Assim, inspirados pelo amor do Espírito Santo, somos chamados a abraçar a prática do dízimo, não como uma obrigação, mas como uma resposta alegre ao amor que recebemos. Ao fazê-lo, construímos uma comunidade sólida, irradiando o amor de Deus e transformando vidas, pois, verdadeiramente, "o meu dízimo é fruto de nossa fé".

Pe. Renato Dutra Borges, SDN


“Manifesto, com esta contribuição...”

O Manifesto Generoso do Dízimo: Uma Revelação de Amor e Generosidade

Quando falamos sobre dízimo, não estamos apenas tratando de uma contribuição financeira; estamos explorando um manifesto generoso que revela a essência da generosidade divina. Manifestar-se por meio do dízimo é tornar público o nosso desejo de espelhar a generosidade de Deus, revelando, assim, a nossa disposição de sermos instrumentos do Seu amor no mundo.

Contribuição como Expressão de Boa Vontade:

Contribuir vai além de uma obrigação legal; é uma manifestação de boa vontade. Quando oferecemos o que temos para ajudar, estamos, de fato, seguindo o exemplo do Pai Celestial. A contribuição não é apenas um ato humano, mas uma resposta à natureza divina que nos criou à Sua imagem. Deus, em Sua máxima expressão de doação, deu-nos Seu Filho amado como prova irrefutável de amor.

Motivação para Contribuir:

Se somos verdadeiramente de Deus, a motivação para contribuir transcende a mera obrigação legal. O Novo Testamento nos desafia a ir além da décima parte e a oferecer tudo. A verdadeira contribuição está na disposição de nos tornarmos pobres para que outros possam ser enriquecidos. Este é o cerne da contribuição: uma manifestação do amor que busca a prosperidade do próximo e assim de todos.

Três Palavras que Definem a Contribuição: Graça, Bênção e Comunhão:

Graça: Contribuir é um ato de graça. Ao darmos generosamente, estamos refletindo a graça abundante que recebemos de Deus. A contribuição é uma resposta grata à generosidade que nos foi estendida.

Bênção: A contribuição é uma bênção, não apenas para quem recebe, mas também para quem dá. Ao semear no Reino de Deus, experimentamos as bênçãos de uma vida alinhada com os propósitos divinos.

Comunhão: A contribuição une a comunidade de fé em um propósito maior. É um ato de comunhão, onde nos tornamos coparticipantes no avanço do Reino de Deus. Através da contribuição, fortalecemos os laços que nos unem como membros do corpo de Cristo.

Em resumo, o dízimo transcende o simples ato de dar; é uma resposta ao amor e à generosidade de Deus. Manifestar-se por meio da contribuição é declarar publicamente a nossa disposição de sermos canais do amor divino, buscando a prosperidade dos outros e participando ativamente na construção do Reino. Que a graça, bênção e comunhão permeiem cada gesto de contribuição, revelando assim a essência do coração generoso que reflete a imagem de Deus.

Pe. Renato Dutra Borges, SDN


“Minha pertença a Igreja,...”

 

É fundamental compreender e aprofundar a importância da pertença à Igreja não apenas como uma questão espiritual, mas também como um elemento central na construção da identidade e no desenvolvimento humano integral. A pertença à Igreja não é apenas uma afirmação de fé individual, mas uma inserção em uma comunidade de fé que oferece apoio, orientação e cuidado ao longo da vida.

A pertença à Igreja pelo batismo é um reconhecimento de que fazemos parte de uma comunidade mais ampla, que compartilha uma mesma fé e missão. Essa identidade cristã, como mencionado, é como um sobrenome que nos conecta a uma linhagem espiritual que se estende ao longo da história, podemos enfatizar a importância dessa pertença como um recurso de apoio e suporte para os indivíduos e famílias que enfrentam desafios e dificuldades em suas vidas.

Além disso, reconhecer que ninguém se torna cristão por si mesmo nos leva a valorizar ainda mais o papel da comunidade na formação da identidade espiritual e no apoio mútuo. Como membros da Igreja, somos parte de um povo que compartilha uma história comum de fé, esperança e amor. Essa comunidade nos ajuda a crescer na fé, nos sustenta em momentos de dificuldade e nos desafia a viver de acordo com os ensinamentos de Cristo.

Como dizimistas é nosso papel facilitar o acesso das pessoas aos recursos e apoios oferecidos pela comunidade de fé, incluindo serviços pastorais, grupos de apoio, orientação espiritual e assistência material. Ao mesmo tempo, também podemos ajudar a fortalecer a comunidade, promovendo a inclusão, a solidariedade e o cuidado mútuo entre os membros. Do ponto de vista econômico, essa pertença à Igreja pode influenciar nossas decisões financeiras de várias maneiras. Por exemplo, o ato de contribuir com dízimo para o sustento da comunidade e o financiamento de suas atividades pastorais e sociais, é uma expressão concreta dessa pertença. O dizimo é uma prática que reflete o compromisso de cada cristão com a sustentabilidade e o crescimento da comunidade de fé.

É importante reconhecer que a pertença à Igreja vai além de uma simples filiação institucional. É uma adesão a um projeto de amor e serviço que busca promover a dignidade e o bem-estar de todas as pessoas, especialmente dos mais vulneráveis e marginalizados, somos chamados a ser agentes de transformação e esperança em nossa comunidade, inspirando outros a se engajarem na construção de um mundo mais justo, compassivo e solidário, à luz do Evangelho.

Pe. Renato Dutra Borges, SDN


“Solidário com sua missão e com os mais necessitados.”

É muito comum ouvirmos ou falarmos de solidariedade, tanto em âmbito de fé, como fora dele. Na maioria das vezes, ao usarmos essa palavra, estamos nos referindo a algum tipo de ajuda esporádica dada a alguém em situação difícil. E, assim, a solidariedade fica restrita a perceber uma situação urgente e fazer algo para resolvê-la naquele momento. Porém, é preciso pensar a solidariedade em termos mais amplos, em termos estruturais.

Solidariedade não se limita a gestos esporádicos de generosidade, mas envolve uma visão e ação comunitárias que priorizam o bem-estar de todos sobre a concentração de recursos por alguns, especialmente no contexto da pastoral do dízimo.

Nesse sentido, a prática do dízimo na pastoral deve ir além do simples ato de contribuir financeiramente para a igreja. Deve ser compreendida como uma expressão concreta da solidariedade comunitária, onde os recursos são direcionados não apenas para atender às necessidades imediatas da comunidade eclesial, mas também para promover a justiça social, o bem-estar geral e o cuidado pelos mais necessitados. Compreendemos o dízimo não apenas como uma prática financeira, mas como uma expressão integral da fé cristã, que abrange as dimensões religiosa, eclesial, missionária e caritativa da pastoral

Religiosa: A solidariedade é uma expressão concreta da fé cristã, que se manifesta no compartilhamento de recursos e na preocupação com o bem-estar dos outros. Contribuir com o dízimo não é apenas um ato financeiro, mas também um ato de fé e devoção, demonstrando compromisso com os valores do Evangelho.

Eclesial: O dízimo não é apenas uma questão individual, mas uma prática que fortalece a comunidade de fiéis. Ao contribuir com o dízimo, os membros da igreja estão investindo na construção e sustentação da comunidade eclesial, possibilitando a realização de atividades pastorais, evangelizadoras e de promoção social.

Missionária: Contribuir com o dízimo não se restringe apenas ao apoio à comunidade local, mas também implica em participar da missão da Igreja de transformação do mundo, lutando contra as desigualdades e promovendo a justiça e a solidariedade em nível global.

Caritativa: A dimensão caritativa da pastoral do dízimo se manifesta na preocupação com os mais necessitados e na promoção do bem comum. Contribuir com o dízimo é uma forma concreta de praticar a caridade cristã, tanto em termos de assistência imediata quanto de busca por mudanças estruturais que promovam a dignidade humana.

Assim, a pastoral do dízimo não se restringe à arrecadação de recursos, mas busca criar uma cultura de solidariedade que transcende as fronteiras da comunidade religiosa, abraçando as causas estruturais que geram injustiça e desigualdade. O objetivo é construir uma sociedade mais justa e fraterna, onde cada indivíduo é valorizado e suas necessidades são atendidas com dignidade.


Pe. Renato Dutra Borges, SDN


“De todo o coração, ó Pai, contribuo com o que posso.”

Contribuir financeiramente para a obra do Senhor é uma prática que está enraizada nas Escrituras e é incentivada como uma expressão de fé e devoção. É importante compreender que essa contribuição deve ser motivada pelo coração, pela disposição genuína de oferecer a Deus uma parte do que Ele nos concedeu.

Quando refletimos sobre contribuir com o coração, estamos reconhecendo que essa ação vai além de uma mera obrigação ou ritual religioso. É um ato de amor e gratidão a Deus, que reconhecemos como o provedor de todas as coisas. Assim como investimos tempo e recursos em nossos entes queridos, contribuir para a obra do Senhor é uma expressão de nosso relacionamento com Ele.

Além disso, contribuir com o coração significa desapegar-se do apego excessivo aos bens materiais e reconhecer a importância de investir no Reino de Deus. Isso implica em colocar nossa confiança em Deus como nossa fonte de segurança e provisão, em vez de confiar apenas em nossos próprios recursos. É uma demonstração de fé de que Deus suprirá todas as nossas necessidades conforme Sua promessa.

Ao contribuir com o coração, também estamos alinhando nossas prioridades com as de Deus. Reconhecemos que o Reino de Deus merece nossa dedicação e investimento, e estamos dispostos a sacrificar parte de nossos recursos para apoiar Sua obra na Terra. Essa atitude de generosidade e sacrifício não apenas abençoa a obra do Senhor, mas também nos aproxima d'Ele e fortalece nossa fé e devoção a Deus e nossa disposição em participar ativamente de Seu plano redentor para o mundo.

Contribuir com o coração também nos ajuda a desenvolver uma mentalidade de generosidade e solidariedade para com os outros. Quando nos desapegamos dos nossos bens materiais e os colocamos a serviço do Reino de Deus, estamos demonstrando compaixão e cuidado pelos necessitados.

Jesus nos ensinou a amar e cuidar uns dos outros, e uma maneira prática de viver esse ensinamento é através da nossa generosidade financeira. Ao contribuirmos com o coração, estamos investindo não apenas na obra de Deus, mas também na transformação de vidas e na construção de um mundo mais justo e compassivo.

Contribuir com o coração nos lembra da importância da gratidão e da responsabilidade financeira. Reconhecemos que tudo o que temos vem de Deus e somos chamados a administrar esses recursos de forma sábia e generosa. Isso significa não apenas contribuir regularmente para a obra do Senhor, mas também gerenciar nossos recursos de acordo com os princípios do Reino de Deus.

Contribuir com o coração é uma expressão de nossa fé, amor e gratidão a Deus. É um ato de adoração que nos aproxima d'Ele e nos capacita a viver de acordo com Seus valores.

Que possamos continuar a contribuir com generosidade e alegria, sabendo que nosso investimento na obra de Deus tem um impacto eterno, sabendo que onde está nosso tesouro, lá estará nosso coração.

Pe. Renato Dutra Borges, SDN


CONTINUA...

recebei, ó Senhor. Amém