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quarta-feira, 23 de julho de 2025


 

A Cruz no Altar: Centro da Liturgia e da Vida Cristã

O que a Igreja orienta?

    A cruz com o Cristo crucificado é um elemento essencial na celebração da Missa. Segundo a Instrução Geral do Missal Romano (IGMR):
    “Haja sobre o altar ou próximo dele uma cruz com a imagem de Cristo crucificado, bem visível para a assembleia reunida.” (IGMR, n. 308)
    Ela deve ser bem visível, seja colocada no centro ou ao lado do altar, e sua função é recordar o sacrifício de Cristo, que é atualizado em cada Eucaristia.
 
Por que a cruz é importante no altar?
    A cruz no altar não é um adorno decorativo, mas um sinal litúrgico e teológico profundo:
•Recorda que a Missa é o sacrifício de Cristo oferecido ao Pai para nossa salvação;
•Orienta a oração do povo e do celebrante: voltados a Deus, por Cristo;
•Faz presente o mistério pascal no centro da ação litúrgica.
Por isso, ela deve ser tratada com dignidade, nunca retirada durante a Missa, nem substituída por símbolos genéricos. 

Qual deve ser a posição da cruz?
A cruz pode estar:
•Sobre o altar (no centro ou na lateral);
•Atrás ou ao lado do altar, se for grande e visível.
    Nas Missas celebradas “versus populum” (de frente para o povo), a cruz voltada para o altar e não para a assembleia é perfeitamente legítima. Isso significa que:
“O celebrante e o povo estão voltados juntos para o Senhor, e a cruz é o ponto de orientação comum.” Joseph Ratzinger (Bento XVI), O Espírito da Liturgia, p. 81
    Essa prática é comum nas celebrações papais e em muitas igrejas catedrais, como a Basílica de São Pedro.
Importante: a cruz voltada para o altar não exclui sua visibilidade ao povo. Ela permanece como sinal central, mesmo que não esteja diretamente “de frente” para a assembleia.
 
Como organizar o altar com cruz e velas?
Segundo a IGMR (n. 307), as velas podem estar:
•Sobre o altar;
•Ao lado do altar;
•Em suportes no presbitério.
    A cruz pode estar entre as velas, desde que não fique obscurecida. A organização deve expressar decoro, simplicidade e centralidade de Cristo.
O altar nunca deve parecer “entulhado” ou desproporcional. Menos é mais, desde que o essencial esteja presente com clareza.
 
O que a cruz ensina à assembleia?
•Que a Eucaristia é sacrifício de amor;
•Que a liturgia nos leva a Cristo morto e ressuscitado, não a nós mesmos;
•Que a oração litúrgica é orientada a Deus, e não é um espetáculo humano;
•Que a fé cristã nasce da cruz e é vivida no dom de si.
    “A cruz na liturgia não é um obstáculo, mas uma janela aberta para o céu.”  Bento XVI
    A cruz no altar é símbolo central da liturgia e expressão da identidade cristã. Sua correta posição, visibilidade e orientação educam o olhar da fé da assembleia e ajudam a formar comunidades centradas em Cristo.
Toda equipe de liturgia deve cuidar para que:
•A cruz esteja sempre presente e visível;
•Seja colocada com coerência teológica e sobriedade estética;
•Nunca seja esquecida ou tratada como um objeto secundário.
 
Fontes oficiais:
1.Instrução Geral do Missal Romano, nn. 307–308 - https://www.vatican.va
2.Ratzinger, Joseph (Bento XVI) – O Espírito da Liturgia (2000)
3.Redemptionis Sacramentum, n. 57 – Congregação para o Culto Divino





A CRUZ PROCESSIONAL NA LITURGIA: 
ORIENTAÇÃO, SIGNIFICADO E PRÁTICA
    A cruz é o símbolo central da fé cristã. Na liturgia, especialmente na Missa, a cruz não é um elemento decorativo, mas sinal visível do mistério da salvação que se realiza naquele momento: o sacrifício de Cristo oferecido ao Pai. A cruz processional, carregada na entrada solene da Missa, tem papel litúrgico claro, com orientações precisas sobre seu uso e colocação no presbitério.
 
O que é a cruz processional?
    A cruz processional é aquela que vai à frente na procissão de entrada da Missa, conduzida por um coroinha ou cerimoniário. Ela é sinal da presença de Cristo, que conduz a assembleia para a celebração do Mistério Pascal.
“Na procissão de entrada, a cruz precede os ministros e é ladeada por velas.”  Instrução Geral do Missal Romano (IGMR), n. 120
    Essa cruz, quando tem o corpo de Cristo (crucifixo), pode ser usada como cruz do altar, desde que seja colocada de modo digno e visível durante toda a celebração.
 
Qual a posição correta da cruz no presbitério?
    “Se a cruz processional for colocada no presbitério, seja colocada de maneira que se torne a cruz do altar, visível para toda a assembleia.” IGMR, n. 122 e 308
A orientação correta é:
•Colocar a cruz voltada para o altar, ou seja, com o Cristo crucificado voltado para o celebrante.
•Isso vale mesmo quando a Missa é celebrada “versus populum” (de frente para o povo).
    Essa prática segue a tradição litúrgica mais antiga e as orientações recentes da Sé Apostólica, como se observa nas Missas celebradas na Basílica de São Pedro, no Vaticano.
 
Por que a cruz deve estar voltada para o celebrante?
a) Teologia da liturgia:
    A Missa é um sacrifício oferecido a Deus Pai, por Cristo, no Espírito. Toda a assembleia presidente, ministros e fiéis – dirige-se ao Senhor, não uns aos outros. A cruz voltada para o altar expressa isso visualmente.
    “Na cruz, Deus nos atrai a Si e, ao mesmo tempo, nos ensina o caminho da verdadeira oração. A cruz no altar deve estar voltada ao celebrante, pois ela é o ponto de orientação comum.” Joseph Ratzinger (Bento XVI), O Espírito da Liturgia, cap. 3
b) Unidade da oração:
    A cruz unifica a orientação da assembleia: todos oram por meio de Cristo ao Pai. O celebrante age in persona Christi e, por isso, deve estar voltado para o sinal do Crucificado.
c) Evita interpretações erradas:
    A cruz voltada para o povo pode sugerir que a Missa é um “diálogo” entre padre e assembleia, ou uma “encenação”. A cruz voltada para o altar reafirma que a liturgia é teocêntrica, voltada a Deus.
 
Aspectos práticos para a equipe de liturgia
    A cruz processional deve conter a imagem do Crucificado, e não ser apenas uma cruz vazia.
    Após a procissão de entrada, a cruz deve ser colocada no presbitério de forma visível, preferencialmente atrás ou ao lado do altar, com o Cristo voltado para o celebrante.
    Deve estar bem posicionada, sem interferir na movimentação dos ministros ou obscurecer o altar.
    A cruz permanece no presbitério até o fim da celebração. Nunca deve ser retirada durante a Missa.
    Ao final da Missa, pode ser usada novamente na procissão de saída, especialmente em festas e solenidades.
    A correta disposição da cruz processional no presbitério é um gesto simples, mas carregado de significado espiritual e litúrgico. A cruz é o “púlpito silencioso” da liturgia, recordando que é Cristo quem preside e conduz a Igreja.
    Para a equipe de liturgia, cuidar da cruz com reverência, atenção e clareza é ato de fidelidade ao Mistério que celebramos e sinal de comunhão com a tradição viva da Igreja.
 
Fontes e referências:
1.Instrução Geral do Missal Romano (IGMR)  nn. 120, 122, 308 -https://www.vatican.va/roman_curia/congregations/ccdds/documents/rc_con_ccdds_doc_20030317_ordinamento-messale_po.html
2.Joseph Ratzinger (Bento XVI) O Espírito da Liturgia (2000)
3.Redemptionis Sacramentum, n. 57 Congregação para o Culto Divino.


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