"Por Deus, tenham um blog!" Papa Bento XVI


Coragem, Levanta-te! Jesus te Chama!


quinta-feira, 8 de novembro de 2012


Superar paradigmas.

Itinerância como medicamento.

 

Eis que faço nova todas as coisas...

Crer, ousar e partir.

 

“Citumbo ka mbaci cinatu haze, muchima kucatwile.”

(“o remédio para a tartaruga atua por fora, não no interior”  – uma vez que se aplica na carapaça)

 

A cultura que nos educa também nos aprisiona, se torna uma carapaça que nos da segurança, nos faz amadurecer a personalidade e identidade, mas pode nos tornar pouco sensíveis, lentos como a tartaruga para penetrar em outras culturas, superar este paradigma exige dedicação e cor-agem.

Jesus de Nazaré é o nosso grande modelo de superação de paradigmas, pois viu com olhos novos, ajudou a muitos enxergar com olhos renovados “Senhor eu quero ver de novo...”

Crer em Deus é deixar-se transformar o coração de pedra em coração de carne, ter um espírito novo... (Ez 11,19; Sl 17, 10; Pr 26, 9; Mt 5,8; 6,21; Mc 16,14; 1Tm 1,5; 1Pd 5,2 ...) para podermos dizer como o salmista: “ Meu coração esta firme, ó Deus, meu coração esta firme” (Sl 57,8).

Crer no ensinamento de Jesus nos faz portanto ter também olhos novos, atitudes novas, paradigmas renováveis( cego de Jericó, João Batista, Nicodemos, Pedro, Tomé, Paulo...) .

Crer na capacidade do Pe. Júlio Maria de refazer paradigmas... deixar família e ir em missão para África, refazer opção de vida religiosa de irmão ao sacerdócio, adere a nova forma de acolher vocacionados na nascente congregação do missionários da Sagrada Família, deixa uma promissora atividade missionaria na Europa e se doa para missão Norte, Nordeste e Sudeste do Brasil, enxerga necessidades do povo brasileiro funda congregações partindo de seu olhar sobre o coração de Maria e a Eucaristia... “Coração eucarístico de Jesus...”.

Crer na força espiritual herdada do Pe. Júlio Maria delegada a suas congregações nos torna Julimarianos.

Ousar sair da zona de conforto, para dar resposta ao amor universal no chamado de Jesus Cristo, nos torna testemunhas de superação de paradigmas... “Vinde e vede...” “Quem é o teu próximo?...vá e faça o mesmo...” “Quem comer minha carne e beber o meu sangue permanece em mim e eu nele...” ter o ousadia de chamar de Deus Pai quebra o maior de todos os paradigmas, o encontro encarnatório do divino e do humano... “e a Palavra se fez Carne e habitou no meio de nós.”

Partir é vivência, “Ide por todo mundo...” “Eis que deixamos tudo para te seguir...” sair de mala vazia ou só com a metade da mala se torna relativo quando o coração e a razão estão cheios do amor universal para doar a humanidade... “Padre Júlio Maria, tens um grande coração todo cheio de ardor. Tu viste pra doar tua vida em missão.”

Acolher novos paradigmas se torna um grande desafio, pois não se esquece da cultura, forma de pensar e se comunicar, a fragilidade humana, as seguranças (ideológicas, financeira, familiar, amizades...) o medo do novo, vai aumentando a dureza da nossa “carapaça” e a itinerância demora a penetrar em nosso interior.

Temos outros “medicamentos” que podem ajudar no processo de flexibilização de nossos paradigmas. “Na escola dos ‘pobres’ somos chamados a avaliar nossas atitudes missionarias (Dir. 28); “A ação evangelizadora supõe um grande amor aos destinatários da nossa missão, a atenção a seus clamores e carências, a alegria de lhes anunciar a Boa Nova e a necessidade de nos deixar também evangelizar por eles” (Const 79b). “ Com o espírito missionário do apóstolo Paulo, que se fez judeu com judeus, gentio com os gentios, fraco com os fracos, que se fez tudo para todos afim de ganhar o maior número (cf. 1 Cor 9, 19-23), empenhar-nos-emos em assumir os valores positivos da cultura dos destinatários de nossa missão e em buscar s linguagem adequada à sua condição, adaptando-a ao tempo, ao lugar e aos meios que usamos para evangelizar.” (Const. 82). “é nossa missão na Igreja, revelar aos homens as riquezas e as exigências do mistério eucarístico.” (Const. 77). “O missionário sacramentino é chamado a ter um coração do tamanho do mundo” (PGF). “Estamos no frescor de nossa história, desejosos de conquistar maior maturidade, acertar o rumo, ser resposta mais eficaz as necessidades de hoje. Precisamos alçar voos maiores, responder aos apelos, assumir a itinerância, pois a missão é urgente e não pode parar... Temos certeza que não nascemos para ficar fechados, presos em um estado, ou mesmo em um pais. Como consagrados, sabemos que nosso chão missionário é o mundo, devem fazer parte de nós a itinerância e a disponibilidade para estarmos onde muitos não querem estar, devemos ir onde mais precisam de nós” (PGC intro.)

A missão dos Sacramentinos em Nana Candundo se torna oportunidade para desenvolver novos paradigmas, ser hospede na casa do outro causa insegurança, mas é o caminho para deixar o medicamento superar a dureza de nossa “carapaça” e aos poucos “chowve chowve” (pouco a pouco) vamos nos abrindo a paradigmas diferentes de nosso ethos cultural. Necessitamos refazer nossa forma de pensar a evangelização, os nossos documentos congregacionais, as circulares, metas capitulares, economia, formação, a partilha solidária, nossa forma de rezar... até as férias... a carapaça é dura sim, mas quanto antes começarmos a ungir com o balsamo da itinerância tanto mais cedo teremos mais coragem de acolher novos paradigmas.

Jila yetu hamwe.

Kwendela hamu Munzhila.

Caminhamos juntos!

 

Pe. Renato, sdn – Kapilishito Kahilo, sdn – Mupadiri Kafunti, sdn

Pe. João, sdn – Kapilishito Yowano, sdn – Mupadiri Yowanu, sdn

 

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